Finais de semana aleatórios

Sabe quando você tenta programar algo em sua mente, e no final acaba ocorrendo tudo que você não esperava acontecer e ainda mais coisas? Pois então, é de momentos assim que a vida e feita, uma certa inconstância em certas programações é o que gera nossas estradas. Encontrar com alguém que não vê a tempos ou até mesmo apartar brigase falar com a polícia podem ser acontecimentos marcantes. Até mesmo um simples filme pode deixar rastros em nossa memória pro resto da vida. Incidentes inesperados nos marcam mais justamente pel oexcesso de incostância nesses acontecimentos. Finais de semana aleatórios, talvez uma forma de viver para quem segue sempre a mesma rotina a semana toda. Temos aquilo que começa na sexta e termina no domingo, o que fazer além de aproveitar da melhor forma possível?

Tear

Existiu uma vez alguém que dissesse que as marcas deixadas para traz servem apenas para se chegar aonde quem as deixou está no momento, mas esqueceu de mencionar o que cada uma dessas marcas representa. Como um tear que vai tecendo infinitos fios e juntando toda a tapeçaria. Pegadas de nossas vidas são deixadas a parte. Se olhadas individualmente podem contêr histórias para uma vida ou de toda uma. Certa vez esta mesma pessoa deixou uma marca muito curiosa para traz. Se analisada do lado lógico, foi uma burrada com certeza irreversível, mas como sempre, ha mais do que os olhos podem ver e as cores vívidaz que se assemelham. Vida e Morte se entrelaçam numa dança sarcástica e irônica que passa por todos nós como um vendaval, levantando nossa tapeçaria e por vezes manchando o que é bonito. Tranformamos em conveniente aquilo que nós é favorável. Tudo questão de interpretação, para uns uma coisa pode ser ruim, para outros benéfica, e assim as linhas se unem, transformando as belas marcas de nossas vidas em lindos tapetes expostos em paredes. Talvez os persas pensassem dessa forma, pois não vejo que graça teria expôr tapetes em paredes. Sendo cada tapeçaria peças intransmutáveis de nossa existência, nos dirigiriamos a uma vasta sala onde a lenta dança da Vida e da Morte tem sua sequência. Por entre várias vitrines podemos observar, porém nunca tocar. Belas tapeçarias moldadas de apenas um momento. Artefatos raríssimos que se unidos se estenderão por toda uma eternidade. E quando a dança se finda, a Vida se cansa e a Morte se exalta, percebemos que o que foi deixado para traz, quase como um legado, são belos caminhos, tecidos de cores quentes e frias, por onde trilharam vários pés, que se tornaram fios desta linda tapeçaria marcada de paços alheios.

Tic

Dez horas da manhã. Olho para o radio-despertador e penso "como será que está o dia?" Lá fora está um tempo nublado com vento, tendências para chuva forte. Levanto, coloca  água para esquentar em uma chaleira, e vou para o meu banho. Aproveito para fazer a barba e logo me arrependo depois de cinco cortes no meu rosto. Após o banho a água já está fervida e preparo meu café. Pode ser um dia como qualquer outro, porém não vejo garça nele. Onze e meia, resolvo colocar uma roupa, não se pode ficar em casa nú o tempo todo. Sento e enfim, me vem a inspiração (e com ela, a chuva). Começo a escrever mais um monólogo, triste, sem graça e irritante. è o que diz minha percepção. Nada diferente de todos os outros. Até que me encontro escrevendo a trigésima oitava folha do que poderia ser considerada uma "história romântica". Treze e trinta. O estômago ronca, mas não de fome, e sim de repulsa. Repulsa pela escrita infâme que demorei horas para colocar no papel. Horas preciosas que poderiam ser melhor aproveitadas. Releio o que escrevi e quanto mais me adentro, mais parece que não fui eu quem escreveu tudo aquilo. Foi então que me dei conta de que o sol brilhava lá fora. Não seria normal escrever coisas desse cunho em meio a um dia nublado, frio e tempestuoso. Palavras que, mais uma vez, não podem ser reutilizadas. Bem, ao menos tentei. Mais uma vez. Quinze horas e vinte minutos, hora do almoço. Minha vida desregrada trouxe certos privilégios. Por exemplo, nunca preciso fazer muita comida e sempre tenho algo prático na mão. Não que eu tenha preguiça de cozinhar. Pelo contrário, eu amo isso. Mas tem hora que bate as preguiça, como agora. Ao comer me volta tudo na mente. Rapazes, garotas, relacionamentos e desavenças, tudo que no papel estava agora se passa em minha mente. Tenho medo de voltar para o que seria uma profissão de final de semana e acabar escrevendo uma coisa banal daquelas que se lê mas não se interpreta. Dezesseis horas e quarenta minutos. Me vigio para não pensar bobagens. Dezessete horas e dez minutos. Perco a linha de raciocínio. Dezessete horas e cinquenta minutos. Simplesmente não consigo mais me controlar. Dezoito horas e vinte minutos. Enfim, resolvo "descansar". Minha mente já não suporta a escrita que acabo de retirar dos confins de minhas crenças. Algo relapso que não estava por entre minhas entranhas. E agora está ali, vivo no papel. Dezenove horas, e estou exausto. Exauri todas minhas forças na vã tentativa de não pensar. Mas por fim veio tudo isto me atormentar. Me adeito sobre a mesa e deixo que todos estes papéis me selem. Por fim tenho algo escrito, do começo ao fim. Queria algo que fosse algo prestável. Um ensaio de talvez cem folhas, porém não tudo isso. Passagens seriam citadas, mas eu não gastaria o seu tempo com isso. Perdido no tempo, no espaço e no clima. Sou interrompido pelo barulho incessante do radio-despertador. Sete horas da manhã. Me esqueço de tudo. Afinal um sonho. Sonhei, e como de costume me qesqueci. Sete e dez. Começo minha rotina diária como um relógio faz tic-tac. Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac.

A eterna sina da humanidade.

Creio que não exista ser humano algum em lugar algum que já não tivesse sonhado com um vôo matinal sobre quaisquer colinas verdejantes. Sentir o vento em seu rosto a rodear todo o seu ser. Como se não houvesse nada acima nem abaixo e muito menos aos lados, os pontos cardeais se perderiam e isso traria uma sensação de liberdade imensa. Passear por entre nuvens, avistar de longe tudo aquilo que se exalta, e chamamos de cidade. Suas casas, prédios, ruas, estradas, avenidade, parques, hospitais, escolas, todas encrustadas no chão, presas a uma força que não largará nossos corpos nem mesmo em morte. Gostaria de sonhar realidades sobre um vôo pleno em um dia ensolarado em que a gravidade fosse uma palavra longínqua sem forma nem definição. Mas nasci com os pés no chão, e como todo ser humano, me foi revogado tal direito de sonhar tão alto assim.

It starts!

Começando essa vida louca de "blogueiro" - ou seja lá como se escreve isto - e percebo que na real, não sei como começar. Só pra dizer mesmo isto é um começo" e como sempre, viajar é alei, a ordem natural das coisas, então não espero escrever coisas com sentido, que aliás, não fazem sentido algum na maior parte das vezes. Perco tempo e mesmo assim espero aproveitar tudo isso. See Ya!