ponto

troquei de folhas, apontei as pontas de meus lápis, mas não adiantou. Tentei esboçar no papel o que estive desenhando em minha mente. Transpor pensamentos para mostrar ao mundo o que se passava aqui comigo, em vão. Afinal, como seria o desenho de uma mente cheia apenas da mesma coisa?

Esbocei o máximo que pude, mas não passou de um ponto. Um ponto! Algo que não pode ser mensurado, medido ou sequer explicado. Um não-limite em minha mente. Foi então que me dei conta do quanto estava correta a minha representação.

Em minha mente vejo linha tênues que se juntam para formar algo que não tem forma, nem dimensão. Só vejo este mesmo reflexo cada vez que fecho os olhos, e fixo minha mente nisso tudo, pois não há nada mais, só isto. Um Espírito, algo indomável que por mais que eu tente, nunca entenderei. Este ponto, em minha mente só tem o teu reflexo. E volto sempre a fechar os olhos, somente para ver você.

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